domingo, 10 de março de 2013

Dia de rafting, descanso e estradas assustadora!

Bom dia!
Namastê!
Acordamos cedo e tomamos café da manhã com panquecas de chocolate e banana. É nosso último dia em Rishkesh e é um dia especial, já que desde o Brasil o Dani planejou fazer rafting no ganges e hoje é o dia!
Obviamente, eu não vou! Além de não curtir esportes radicais, a água deve  estar a uma temperatura de 10 graus, o que é infinitamente gelado pra mim! Assim, fui com o Dani até o ponto onde o carro iria pegá-lo e então nos separamos.
Minha manhã foi extremamente tranqüila, é a parte do título de hoje que se refere ao descanso! Fui novamente tomar um café de verdade,  aproveitei para colocar algumas coisas em dia na vida virtual, andei um pouco pela cidade, pois acho que o que eu mais gosto aqui é andar, conhecer o dia a dia das pessoas, observar como as coisas acontecem! Depois, arrumei nossas coisas, minha função, e sentei em frente ao rio pra ler e esperar o Dani voltar... vida muito chata!

Já o Dani... vou contar agora a versão dele para esta manhã:
"Como tudo na Índia é complicado, o carro demorou pra chegar e depois foi parando em vários lugares, até que tinham doze pessoas dentro de um jipe! No caminho até o ponto de partida, fomos nos conhecendo... uma moça, Ishu, foi conversando por todo o caminho e, em alguns momentos, um homem santo búlgaro que estava no jipe pedia silêncio... foi muito engraçado! Depois, o motorista colocou um rock indiano e o homem santo perdeu!
O ponto de partida é um lugar de muitas pedras e foi lá que eu notei que para ter uma Cia de Rafting na Índia é necessário ter somente um bote e um carro para levá-lo de baixo pra cima!
As instruções são as mesmas do Brasil, porém o bote não tem finca pé e todos andam descalços... então, bote na água e vamos lá descer o ganges! A água é muito gelada, porém muito limpa. As corredeiras (rapids) são curtas e turbulentas e o guia que se virasse lá trás, já que todos remavam pra frente! Isso porque era impossível dar instruções em hindi, inglês, português e búlgaro, então, o guia só dizia keep and stop! Para segurar a onda, tinham dois guias atrás e doze pessoas no bote. Como tinham muitas pessoas no bote, quis o destino que a Ishu e o homem santo ficassem juntos, no meio do bote, sem remar... isso foi bom, já que ele tirou muitas fotos!
Como não tiveram corredeiras muito técnicas, as duas horas que passamos descendo foram divertidas, cheias de mergulhos e gente cantando... uma verdadeira confraternização entre indianos e estrangeiros!
O bote me deixou perto da ponte, lugar de fácil acesso ao hotel e, depois de pouco tempo, já estava pronto pra partir.
Conclusão: adorei descer o ganges, bebi muitos goles de água sagrada e, apesar de todas as instruções terem sido feitas em hindi, entendi perfeitamente por causa da experiência acumulada em São Luiz do Paraitinga... pessoal da Cia de Rafting, essa é pra vcs! "

Ok, marido de volta, pegamos a estrada rumo a Shimla... esse é o trecho mais longo a ser percorrido de carro, então bora lá!
...
Pausa para o medo!  
...
Agora, pensem na Oswaldo Cruz, estrada de Taubaté pra Ubatuba... juntem com a estrada de Cunha para Angra... e adicionem os piores trechos da estrada de São José para Monteiro Lobato! Ok, agora, multipliquem por 10, coloquem a quase dois mil metros de altura, sem sinalização, sem faixas e sem guard rail! Tudo isso por cerca de 300 quilômetros, a 40 por hora! Esse foi nosso trajeto para Shimla... eu passei super mal e num certo momento esta com tanto medo que ou dormia ou enfartava... dormi!
Chegamos em Shimla depois de nove horas de viagem, as piores horas até agora, e isso porque nosso motorista é muito bom. Para completar a noite, nosso hotel fica na rua principal, onde não se pode entrar de carro e, tarde da noite não tinha outro meio de transporte... pagamos um senhor que levou nossas malas e subimos cerca de 300 metros a pé! Subimos mesmo, pois é bem íngreme!
Chegando no hotel, não tinha mais água quente, mas nossa cama tinha véu e fios de ouro... alguma coisa tinha que ser fantástica depois disso!
Exaustos!
Boa noite, Namastê!

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