quarta-feira, 17 de abril de 2013

A caminho de Manali: Is it a macieira?

Bom dia!
Mais um dia de viagem... hoje saímos de Shimla rumo à Manali, já sabendo que enfrentaríamos cerca de 10 horas de viagem, com sorte! Então, vamos em frente que atrás vem gente!
O caminho para Manali é praticamente todo feito pelo Vale do Kullu, margeando o lindo e incrível Rio Beas. Este vale é muito rico e muito bonito, com grandes fazendas que foram feitas nas montanhas, de forma que as lavouras são em camadas nos montes!
Dizem por aqui que a vida é mais difícil do que nas lavouras do planalto ou da planície, já que nas lavouras das montanhas não é possível trabalhar com máquinas, pois estas não conseguem subir as montanhas e passar de uma camada para outra das plantações, de forma que todo o trabalho de cultivo é feito com enxada e braços fortes!
É incrível ver um montanha com uma escada gigante de verduras, por exemplo. As camadas são como grandes degraus verdes que levam ao topo, normalmente onde a casa da família (ou as casas) são construídas. E, quando as lavouras estão floridas, aí nem se fala... formam degraus amarelinhos nas montanhas, parecendo jardins suspensos, ou algo assim... é difícil de explicar...
Vale dizer, que todo o vale é cortado pelo Rio Beas, que fornece água para as casas e plantações. Assim, as construções se estendem pelo vale, dos dois lados do Rio. Acontece, que as montanhas que beiram o rio e formam o vale são realmente MUITO altas, o que dificulta muito o transporte de suprimentos que chega pela estrada e pelo rio até as casas, que normalmente são no topo das montanhas. Daí, o povo indiano, criativo até o último fio de cabelo, teve a brilhante ideia de construir uma espécie de teleférico, que normalmente parte de estabelecimentos comerciais a beira do rio e da estrada e vai até o topo das montanhas!!!! O sistema parece ser bem precário, mas também parece poupar um tanto de esforço que seria necessário para subir com os suprimentos... eu só espero, espero mesmo, que eles de fato transportem somente coisas e nunca, jamais, transportem pessoas! Seria, no mínimo, uma tentativa de suicídio ou homicídio!!!! Como vocês mesmo poderão ver!
Mas, o vale do Kullu tem mais do que fazendas nas montanhas com teleféricos perigosos e lavouras em degraus! O vale do Kullu tem o rio Beas, que a cada curva da estrada estreita (como todas do norte) nos surpreende com uma vista mais bonita do que a anterior! A vida aqui é vivida na beira do Rio... é em torno de suas águas que os vilarejos se formam e as pessoas vão passando um dia após o outro!
Desta viagem, tenho duas histórias especiais para contar:
A primeira é sobre uma árvore de passarinhos! Eis que em um dado momento da viagem, o Daniel pede para Mr. Thapa dar uma paradinha rápida para um xixi... Mr. Thapa pára na beira da estrada e, enquanto o Daniel fazia o que precisava, eu notei que muitas árvores na beira da pista / do rio estavam repletas de pássaros, provavelmente corvos, já se ajeitando para dormir... como a imagem das árvores com centenas de pássaro era bonita, resolvi tirar uma foto e, foi nesta hora, que descobrimos que o flash fazia TODOS os pássaros voarem!!!! Ficava ainda mais lindo! Árvores lindas com revoadas de pássaros! Nem preciso dizer que ficamos alguns minutos lá esperando que os pássaros pousassem e então pudéssemos tirar outra foto e fazê-los voar novamente, o que se repetiu algumas vezes até ficarmos satisfeitos!!! Muito engraçado, pena que não dá pra mostrar o vídeo!
Já a segunda história, na minha opinião, é a melhor e dá nome a este post! Lá estávamos nós, no carro, já quase chegando em Manali, quando a paisagem começa a ficar repleta de árvores desfolhadas cobertas de flores brancas! Pareciam cerejeiras, só que não!!!! Tipo cerejeiras, só que de flor branca! Eis que eu presencio o seguinte diálogo:
- Mr. Thapa, is it a macieira?
- No, no, it's a apple tree!
- Ahhhh, eu não disse!?
Oi?
O mais divertido, é que nenhum dos dois percebeu a loucura das palavras que trocaram!!!! Precisei explicar que o Dani havia perguntado meio em inglês, meio em português e que "macieira" é "apple tree", de forma que este diálogo não fazia o menor sentido!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Depois, passamos muitos minutos rindo, de verdade, gargalhadas... e o resto da viagem reproduzindo o diálogo e tornando a rir, incontrolavelmente!
Por fim, a viagem ainda nos proporcionou lindas visões dos picos nevados, com neve de verdade, muita neve!!!! Lá estavam as montanhas da cordilheiras do Himalaia nos dando boas vindas!!!
Ufa! Depois de tudo isso, já estávamos quase lá!
Chegamos em Manali no início da noite! Nosso hotel era bem bacana e a cidade parecia ser uma miniatura de Campos do Jordão, só que mais frio, muito mais frio!
Saímos para passear, conhecer o comércio local e comer! Ahhhh comer! Depois de muito tempo somente com vegetais, hoje foi dia de truta do Himalaia! Estavam deliciosas... cada um de nós comeu uma inteira, hum! e, para terminar a noite, nada mais justo do que comer uma bola de chocolate no Honey Café. Essa sobremesa é uma espécie de bolinho redondo, como se fosse o bolinho do petit gateau! Sensacional para terminar a noite!
Cansados por aqui, mas satisfeitos com um dia repleto de risadas e belas visões! Por mais que o caminho seja perigoso e assustador, acho que foi a mais bela paisagem de estrada que já encontramos!
Boa noite pra vocês, até amanhã!
Namastê!









domingo, 14 de abril de 2013

O tempo passa rápido demais...

Olás!

Bom, sei que estou devendo muitas coisas por aqui... a verdade é que o fim da viagem foi intenso e cansativo e eu acabei deixando de escrever... somado a isso, a vida real voltou com força total após o término das férias e o tempo de dedicação à frente do computador simplesmente não existiu!!!
Mas, hoje foi a primeira vez que vi o blog depois da viagem e descobri que é maravilhoso reler todas as histórias e poder viajar novamente com cada uma delas! Por uma boa sorte, eu tenho memória de elefante, então, a partir de amanhã, vou terminar o blog... um dia de cada vez... até acabar de vez!

Desculpem pela ausência do último mês e também por ter deixado as histórias pausadas por tanto tempo!

Amanhã, sairemos de Shimla rumo à Manali e depois Dharamsala, Amritsar e, finalmente, a grande Delhi!

Espero vocês!

Namastê

domingo, 10 de março de 2013

Shimla: lugar de desafios!

Bom dia!
Namastê!
Depois da viagem longa e cansativa de ontem, tínhamos que fazer o dia valer a pena!
Acordamos e as surpresas começaram! A vista do nosso quarto é espetacular! Shimla cresceu pelas montanhas de ciprestes, que hoje parecem ser montadas em camadas para tornar possível o acesso aos topos. A luz do sol iluminando os ciprestes e as casas torna o amanhecer lindo... tudo pela janela do quarto!
Depois, foi hora de deixar nossa roupa pra lavar (já não tinha quase nada limpo), tomar banho quente e ir tomar café da manhã... aí começou minha diversão!
Nosso hotel, embora de difícil acesso, é excelente, de maneira que o café da manhã estava delicioso e oferecia itens indianos e itens continentais. O Daniel foi se servir e, na nossa frente havia um casal de indianos; meu marido meio que copiou a refeição do rapaz, já que nós não conhecemos todos os itens da comida indiana... havia uma espécie de sopa para comer com pão branco, o rapaz encheu um potinho e o Dani colocou metade. Chegou na mesa, sentou-se e mandou uma colherada da tal sopa... Kkkkkkk parecia um personagem de desenho animado, saía fumacinha até pela orelha!!! A sopa era basicamente de pimenta! Lição apreendida! Nada de imitar os indianos comendo!
Shimla tem muito para se ver. A cidade foi construída na época da dominação britânica e foi planejada para ser a residência da elite no verão, já que o calor na planície ficava insuportável. Sendo assim, parece uma pequena cidade européia que parou no tempo. As construções são de estilo europeu, quase todo mundo fala inglês, não há vacas pelas ruas, é tudo muito limpo e até mesmo fumar nas ruas é proibido.
Acho que até o momento, é o lugar mais desenvolvido que já estivemos na Índia! Mas, como estamos na Índia e não na Europa, o lugar tem suas peculiaridades...
- macacos são uma delas;
- a outra é o fato de sempre parecer domingo... na praça há crianças brincando, cavalos para passear, vendedores de brinquedos, doces... como um domingo no parque no Brasil, sendo que aqui é terça feira;
- por fim, na praça há estátuas de Indira e Mahatma Ghandi, de forma que não se pode negar que estamos em território indiano!
Bom, aproveitamos o dia para conhecer tudo! Andamos pelas ruas, conhecemos castelos antigos, um lindo teatro, uma igreja cristã, apenas a terceira que encontramos em um mês, a praça central, cenário de toda vida social da cidade há mais de cem anos e, por fim, tínhamos um impasse.
Acontece que há um templo dedicado à Hanuman, o deus macaco, que fica no ponto mais alto da cidade. São dois quilômetros de subida pelo meio de um caminho de ciprestes. Nós queríamos ir, mas havíamos acabado de comer e deu aquela preguiça!
Decidimos que íamos até a entrada do caminho pra ver como era... chegando lá havia uma droga de uma placa desafiando as pessoas a subir no menor tempo que conseguissem para testar o quão saudável estavam. Eu, como boa taurina, aceitei na hora.
Ai se arrependimento matasse... a subida é muito íngreme e, como estamos na altitude, o oxigênio parecia não ser suficiente! Às vezes, até doia para respirar. Precisei parar diversas vezes e, a única coisa que me fazia continuar, eram os macacos se aproximando!
Ok, trinta e oito minutos depois, o que significa "fit", estávamos lá em cima e eu já queria descer. Os macacos são muito atrevidos e aqui é o paraíso deles! Se você não ficar atento eles se enfiam entre suas coisas e roubam! Quando chegamos tinha um comendo um óculos!!!
Mas, o lugar é muito bonito, tem uma linda vista e uma estátua impressionante de Hanuman laranja se ergue pelo meio das árvore! Valeu a pena!
Depois que descemos, já estava bem frio e foi necessário retornar ao hotel para colocar roupas quentinhas! Ainda voltamos para passear na cidade e jantar!
Por hoje é isso! Fim de noite com doce e chá no quarto!
Parabéns para nós pela subida!
Namastê!

Dia de rafting, descanso e estradas assustadora!

Bom dia!
Namastê!
Acordamos cedo e tomamos café da manhã com panquecas de chocolate e banana. É nosso último dia em Rishkesh e é um dia especial, já que desde o Brasil o Dani planejou fazer rafting no ganges e hoje é o dia!
Obviamente, eu não vou! Além de não curtir esportes radicais, a água deve  estar a uma temperatura de 10 graus, o que é infinitamente gelado pra mim! Assim, fui com o Dani até o ponto onde o carro iria pegá-lo e então nos separamos.
Minha manhã foi extremamente tranqüila, é a parte do título de hoje que se refere ao descanso! Fui novamente tomar um café de verdade,  aproveitei para colocar algumas coisas em dia na vida virtual, andei um pouco pela cidade, pois acho que o que eu mais gosto aqui é andar, conhecer o dia a dia das pessoas, observar como as coisas acontecem! Depois, arrumei nossas coisas, minha função, e sentei em frente ao rio pra ler e esperar o Dani voltar... vida muito chata!

Já o Dani... vou contar agora a versão dele para esta manhã:
"Como tudo na Índia é complicado, o carro demorou pra chegar e depois foi parando em vários lugares, até que tinham doze pessoas dentro de um jipe! No caminho até o ponto de partida, fomos nos conhecendo... uma moça, Ishu, foi conversando por todo o caminho e, em alguns momentos, um homem santo búlgaro que estava no jipe pedia silêncio... foi muito engraçado! Depois, o motorista colocou um rock indiano e o homem santo perdeu!
O ponto de partida é um lugar de muitas pedras e foi lá que eu notei que para ter uma Cia de Rafting na Índia é necessário ter somente um bote e um carro para levá-lo de baixo pra cima!
As instruções são as mesmas do Brasil, porém o bote não tem finca pé e todos andam descalços... então, bote na água e vamos lá descer o ganges! A água é muito gelada, porém muito limpa. As corredeiras (rapids) são curtas e turbulentas e o guia que se virasse lá trás, já que todos remavam pra frente! Isso porque era impossível dar instruções em hindi, inglês, português e búlgaro, então, o guia só dizia keep and stop! Para segurar a onda, tinham dois guias atrás e doze pessoas no bote. Como tinham muitas pessoas no bote, quis o destino que a Ishu e o homem santo ficassem juntos, no meio do bote, sem remar... isso foi bom, já que ele tirou muitas fotos!
Como não tiveram corredeiras muito técnicas, as duas horas que passamos descendo foram divertidas, cheias de mergulhos e gente cantando... uma verdadeira confraternização entre indianos e estrangeiros!
O bote me deixou perto da ponte, lugar de fácil acesso ao hotel e, depois de pouco tempo, já estava pronto pra partir.
Conclusão: adorei descer o ganges, bebi muitos goles de água sagrada e, apesar de todas as instruções terem sido feitas em hindi, entendi perfeitamente por causa da experiência acumulada em São Luiz do Paraitinga... pessoal da Cia de Rafting, essa é pra vcs! "

Ok, marido de volta, pegamos a estrada rumo a Shimla... esse é o trecho mais longo a ser percorrido de carro, então bora lá!
...
Pausa para o medo!  
...
Agora, pensem na Oswaldo Cruz, estrada de Taubaté pra Ubatuba... juntem com a estrada de Cunha para Angra... e adicionem os piores trechos da estrada de São José para Monteiro Lobato! Ok, agora, multipliquem por 10, coloquem a quase dois mil metros de altura, sem sinalização, sem faixas e sem guard rail! Tudo isso por cerca de 300 quilômetros, a 40 por hora! Esse foi nosso trajeto para Shimla... eu passei super mal e num certo momento esta com tanto medo que ou dormia ou enfartava... dormi!
Chegamos em Shimla depois de nove horas de viagem, as piores horas até agora, e isso porque nosso motorista é muito bom. Para completar a noite, nosso hotel fica na rua principal, onde não se pode entrar de carro e, tarde da noite não tinha outro meio de transporte... pagamos um senhor que levou nossas malas e subimos cerca de 300 metros a pé! Subimos mesmo, pois é bem íngreme!
Chegando no hotel, não tinha mais água quente, mas nossa cama tinha véu e fios de ouro... alguma coisa tinha que ser fantástica depois disso!
Exaustos!
Boa noite, Namastê!

sábado, 9 de março de 2013

Mais de templos, deuses e ganges!

Bom dia!
Namastê!
Começamos o dia de maneira diferente hoje! Este hotel não tem café da manhã incluso na diária, então, ontem passamos em uma espécie de armazém, compramos uma espécie de todynho, biscoitos e o Dani comprou umas frutas esquisitas, uma delas chama Chiko... isso foi o nosso café hoje! Basicamente todynho com biscoitos! Ah, depois descobrimos que Chiko é sapoti!
Bom, depois do "excelente" desjejum, fomos descobrir o que mais Haridwar tinha a oferecer... como a cidade é em um vale, há montanhas em volta e, se há montanhas, há templos encrustrados nelas! Isso é uma característica indiana... praticamente toda montanha tem um templo e, aqui tem duas montanhas e dois templos. Como não teríamos tempo de ir nos dois, escolhemos o mais interessante e que oferecia uma melhor vista da cidade.
É claro que não seria fácil e, para minha alegria, tinha um bondinho pra subir! Lá fomos nós!
A aventura começou na fila de comprar tickets: estávamos eu e o Dani conversando e esperando a fila andar, quando um indiano chegou pra nós e disse "só precisa de um pra comprar os tickets, porque tem dois na fila?", oi? Ok, pedimos desculpas e o Dani esperou ao lado! Elaia!
Pegamos o bondinho, que nem dava medo, porque, graças aos deuses, era pertinho do chão, e subimos!
Quando chegamos lá em cima parecia uma festa!!! Acho que tinha umas três lojinhas por metro quadrado, todas vendendo a mesma coisa, ou seja, coisas para ofertar aos deuses. Tinham muitas e muitas pessoas também! Então, demos uma olhada rápida no templo, até porque neste não deu coragem de tirar os sapatos pra entrar, estava muito sujo, e fomos para parte de fora!
Ufa! Um pouquinho melhor! De qualquer forma tinha muita gente, mas fora tinha um pouco menos. Fomos até o alto de um morro e tivemos uma breve recompensa... a vista da cidade aqui é linda! Da pra ver o ganges serpenteando por entre as construções até sumir de vista! Por outro lado, há alguns macacos e os queridos animais querem comida e ficam de olho em todo mundo... resumindo, foi meio programa de índio, então não demoramos! Valeu a vista!
Antes de ir embora de Haridwar, ainda passamos pra conhecer uma estátua gigante de Shiva que tem no começo da cidade. Diz a história / mitologia, que quando o rio foi enviado à terra, destruiria tudo com o seu poder, mas Shiva desviou o rio com seus cabelos, evitando que a terra fosse destruída... essa versão nos foi contada aqui e explica o porquê a imagem de Shiva sempre está ligada à imagem do rio ganges... não fui pesquisar pra garantir que é a versão literária também, então, se não for, por enquanto fico com a explicação popular! A imagem é realmente grande e imponente e está colocada onde o rio inicia seu trajeto pela cidade. Muitas pessoas vão até ela para rezar e fazer reverências e muitos peregrinos se dirigem até o deus antes de retornar com as águas sagradas para casa. É impressionante, bonito e um pouco oprimente!
Agora, sem mais destinos turísticos em Haridwar, bora para Rishkesh! A cidade fica bem pertinho, dizem por aqui que Haridwar e Rishkesh são gêmeas, então demoramos cerca de uma hora pra chegar, super ultra rápido para os padrões indianos! No caminho, conhecemos uns templos coloridos, que contam histórias através de imagens... impressionante!
Chegamos, fizemos check in e já começamos a descobrir que de gêmeas as cidade só têm a proximidade e o ganges! Aqui têm uma tonelada de turistas! A cidade é famosa pelos ashrams de yoga e por ser centro de muitos gurus,  além disso, estes dias acontece aqui um encontro internacional de yoga!
Bom, fomos recebidos com colares e terceiro olho de pó vermelho!
Saímos para almoçar, escolhemos um restaurante na beira do ganges e encontramos duas brasileiras de Guararema! E mundo pequeno né!? Descobrimos através delas que há um grande e famoso guru brasileiro que têm um ashram aqui... e outro guru, indiano mas casado com uma brasileira, que também têm muitos seguidores brasileiros! Em síntese, Rishkesh é o lugar dos brasileiros na Índia. Detalhe, que nós, que nem praticamos yoga, nem somos ligados nas buscas espirituais desta forma, não sabíamos de nada disso! As brasileiras nos olharam com cara  de "como vocês não conhecem o fulano?" e nós, mudamos de assunto!!!
Depois de almoçar e começar a se acostumar com as coisas aqui, fomos passear! A cidade têm duas pontes distantes cerca de dois quilômetros uma da outra. Entre elas, o ganges corre sereno e algumas praias se formam... fizemos uma boa caminhada nestes dois quilômetros entre as pontes, conhecendo a cidade e as tantas pessoas diferentes, de diversos lugares do mundo, que circulam por aqui e, depois, sentamos na praia do ganges pra ver o pôr do sol! Nós já vimos diversos poentes aqui na Índia, inclusive do deserto,  que jamais vou esquecer, mas, garanto que cada um é diferente e proporciona emoções diferentes... foi muito bacana sentar ali, na praia, na beira do ganges limpo, com o meu marido e assistir o sol partir, laranja no céu, como um presente, mais um presente...
Depois, ainda assistimos mais uma aarti, pequenina desta vez, passeamos pela cidade, tomamos um café expresso (isso foi sensacional, porque aqui só tem café solúvel!) e voltamos pro hotel, no escuro, por um monte de becos!
Tudo certo em um dia que foi pra lá de intenso!
Boa noite e até amanhã!